sexta-feira, 2 de março de 2012

O Gene de Deus

O biólogo Dean Hamer após pesquisa realizada com 200 pessoas chegou a conclusão de que os sentimentos religiosos compartilham um gene, o VMAT2= responsável pelo fluxo de substãncias que regulam o humor.
Em o "Gene de Deus" escreve que a espiritualidade é uma de nossas heranças mais básicas, é um instinto.
Esse traço  genético não seria um efeito colateral de nossa história ecolucinonária, mas uma vantagem adaptativa[...] nos dotou de um otimismo inato que, no plano psicológico, nos conforta e nos estimula a procriar, ajudando a preservar a espécie.

Revista Veja ed.2.256
Ano 45, nº 7, 15 de fevereiro 2012.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

A responsabilidade por Outrem VIII


A ética em primeiro lugar em Totalidade e Infinito é o ser para o outro, donde decorre a responsabilidade por outrem, quando entro em contato com o rosto, ele me força a responder, não posso recusar, sou o primeiro a ter que responder, posso e devo dar ao rosto do outro. Eu sou eu, o único na resposta que possa dar por isso a responsabilidade é o fundamento da subjetividade, ou seja, o homem não escolhe ser responsável; ele é para o outro como fundamento.
A responsabilidade é o nó que aperta as relações humanas e isso me aproxima do outro através da compaixão e serviço, e isso é o que caracteriza a espécie humana.
            Porém, não é um rosto físico, não apenas alguém que conheço, não é simpatia, contudo se dá no confronto, no face a face enquanto me sinto responsável por ele, fujo do egoísmo que me isenta de responder. A simples relação de conhecer não é capaz de definir a responsabilidade ética que ultrapassa a plástica do rosto do outro, e possibilita o acolhimento que me leva a responder.
            Essa resposta é subjetiva, uma vez que, ninguém pode responder por mim, ninguém pode substituir a minha resposta. Eu respondo o mistério do outro, com respeito, afeto, moradia sou o que eu respondo, quanto respondo, e como respondo ,ou seja, com alteridade total.
            Não é uma relação intencional, uma vez que, a resposta é maior que a minha vontade; o outro me incumbe por ele mesmo antes de, eu ter livremente assumido essa responsabilidade. O sujeito não é o que se autodetermina, mas é sujeitado a outro.
            O espírito humano se mostra quando se vai ao outro de mão cheia, quando se diz eu e se coloca em dívida com o outro e é na encarnação que o homem garante a sua espiritualidade, não é na transcendência, é na independência que eu tenho que aparecer como messias. O espírito humano é diaconia, é estar a serviço é chegar
   Eu me coloco em relação ao sujeito enquanto me dou ao outro sem esperar retribuição. E mais ainda sou responsável pela responsabilidade do outro, daí decorre a presença do terceiro que diz que ser eu é poder falar e questionar a totalidade que oprime. Tenho que prevenir a desumanidade, pois, se eu sofro sou responsável por deixá-la acontecer, ou seja, sou responsável por aquilo que deixei de fazer.
Para Levinas messianismo não é uma categoria religiosa, mas está em cada homem que se dá aos outros (tira o pão da própria boca), se coloca a serviço dos demais. Tenho que procurar o desinteresse, (deixar de ser para mim) agindo assim supera e se invertem as categorias do ser viril, egoico, totalizador, egoísta e se define num entre que ser na superação, na resposta e consegue o divino.
O homem se espiritualiza no momento que se dispõe pelo outro.
Comentário Prof. Adilson

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

COMO COSNTRUIR NA ESCOLA UM CONHECIMENTO PARA A VIDA?

A partir do momento em que começamos a compreender o mundo, já recebemos de nossos pais, ou alguém mais próximo, a afirmação de que é necessário ir à escola para aprender. Com o Passar do tempo, somos impregnados de informações que nos levam a crer que a educação neste “ambiente de construção do saber” é necessária, pois é nela que vamos conseguir o acesso a um prêmio denominado de “ser alguém na vida”, tudo aquilo que sonhamos em ser, ou seja, a realização de um sonho nosso e de nossos pais. Assim a educação se tornou para muitos, hoje a porta para o sucesso profissional. Mas será que isso é o bastante? O objetivo da escola, conjugado com o nosso, não deveria ser a busca por um conhecimento para minha edificação humana? A educação ao invés de ser apenas uma qualificação humana, não poderia fornecer subsidio ao educando, meios para torná-lo mais humano, ciente de seu papel como cidadão, como aquele barqueiro que apesar de não saber nada sobre ciências naturais, conhecia o suficiente para viver uma vida em harmonia consigo e com o mundo.
Assim ao entrar nesta instituição de ensino, principalmente no ensino médio, tenha sempre em mente, alguns critérios bem definidos, como por exemplo: Em que isso irá contribuir para minha formação, não só profissional , mas também, humana? Ou em que momento do meu cotidiano eu posso usar isso que estou estudando?
Essa preocupação por uma educação capaz de edificar o homem para viver em harmonia, não é de hoje. Existem pessoas que há muito tempo já haviam pensado nesse assunto, como é o caso de Platão, um filósofo grego que viveu entre os anos 427 a 347 a.C. Platão, naquele tempo, foi capaz de perceber que havia a necessidade de uma instituição capaz de educar o homem para viver em harmonia consigo mesmo e com o mundo que o cercava. Para alcançar tal objetivo ele se utilizou de dois modelos educacionais: o de Atenas e de Esparta.
A educação Ateniense tinha três estágios, que podemos denominar de : primário, secundário e terciário. Nestes dois primeiros, o homem aprendia a ler, escrever, fazia ginástica e aprendia música. Aqueles que tinham condições financeiras poderiam pagar um curso de formação política, com aulas de retórica e dialética, com duração de dois anos. Somente após os dezoito anos o estado começava a financiar a educação do indivíduo. Sendo esta a faze terciária, composta apenas pelo treinamento militar.
Esse modelo de educação prejudicava muita gente, pois a maior parte da população não tinha condições para manter os estudos dos filhos e, muito menos, pagar um curso de dois anos, para que ele alcançasse um cargo político. Isso gerava grandes diferenças sociais.
Já o modelo educacional espartano, era totalmente diferente. Enquanto Atenas era uma cidade muito avançada culturalmente, Esparta ainda era muito pouco desenvolvida nesse aspecto. Ela era um estado militarizado, que exigia estrita obediência de seus cidadãos. Os jovens eram tirados de casa aos sete anos de idade e entregues a um funcionário do estado responsável por sua formação militar. Desenvolvendo exclusivamente o espírito guerreiro, com exercícios físicos e músicas, dirigidos para o estimulo da coragem, eles desprezavam totalmente o lado literário da educação. Muitos deles nem sabiam ler e nem escreviam.
Esse tipo de educação não gerava um homem completo, desenvolvia apenas a coragem sem levá-lo a compreender o mundo que o cercava.
Platão faz então uma síntese do que há de melhor entre esses dois modelos educacionais, criando assim, aquele que seria o mais completo modelo educacional. De Atenas ele retira o aspecto individual, no qual visa o desenvolvimento integral do homem e , de Esparta ele capta o aspecto social, onde o estado controla e mantém a educação, gerando harmonia entre cidadão e política.
Para transformar a sociedade, Platão institui um esquema de educação social que ajusta o indivíduo as suas funções, não só profissional, como também humana. Seu método apesar de ter sido edificado há muito tempo atrás, ainda se faz necessário e atual. Afinal, o verdadeiro objetivo da educação ainda é ensinar a pessoa a reconhecer e assumir seu papel dentro da sociedade. A educação é capaz de fornecer meios para enfrentar as dificuldades da vida?