domingo, 30 de outubro de 2011

Explicação possível do Mito da Caverna



Quando nascemos absorvemos as ideias do mundo que nos rodeia. Por exemplo, se desde pequeno você fosse ensinado a adorar o Mickey como um deus e todos a sua volta o adorassem, você acreditaria por um bom tempo que Mickey, realmente era um deus, pois todos a sua volta o adoravam também.
Contudo, você percebe que o Mickey não tem poder algum e, avisa aos outros, porém eles não lhe acreditam. Libertar-se da caverna é libertar-se de verdades pré-estabelecidas pela sociedade, que não são verdadeiras.
Somente àquele que se liberta da caverna pode, julgar por si só o que é certo ou errado para ele, sem a ótica do coletivo.
Platão dizia que seus contemporâneos, viviam com suas crenças e superstições  ao passo que o filósofo era qual um fugitivo capaz de escapar das amarras que prendem o homem comum às suas falsas crenças e, partindo na busca da verdade consegue apreender um mundo mais amplo. Ao falar destas verdades para os homens afeitos às suas impressões, não apenas não seria compreendido, como tomado por mentiroso, um corruptor da ordem vigente.
                                     
O mito da caverna de Platão, tem várias interpretações, cada pessoa poder ver algo nele, porém a maioria concorda com o significado: a grande massa dos homens só percebem as coisas grosseiras da vida. No referido mito Platão quis mostrar muitas coisas, uma delas é  que sempre é doloroso chegar ao conhecimento verdadeiro, temos que percorrer caminhos bem definidos para alcançá-lo, uma vez que romper com a inércia da ignorância (agnosis) requer sacrifícios. A primeira etapa a ser atingida é a da opinião (doxa), quando o indivíduo que se ergueu das profundezas da caverna tem o seu primeiro contato com as novas e imprecisas imagens exteriores. Nesse primeiro instante, ele não as consegue captar na sua totalidade, vendo apenas algo impressionista flutuar a sua frente. No momento seguinte, porém, persistindo em eu olhar inquisidor, ele finalmente poderá ver o objetivo na sua integridade, com os seus perfis bem definidos. Aí, então, ele atingirá o conhecimento (episteme). Essa busca não se limita a descobrir a verdade dos objetos, mas algo superior: visa chegar a contemplação das ideias morais que regem a sociedade o bem (aghatón), o belo ( to kalón) e a justiça (dikaiosyne).
É como uma visão da luz nas trevas da Ignorância, através da dialética e de uma nova visão do mundo em que habitamos.